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Publicidade em 2020 será a ciência humana mais exata que já se viu.

Por: Eduardo Soares
Publicidade em 2020 será a ciência humana mais exata que já se viu. Portal Zumm

A criatividade, aliada a números e análise de comportamento, será o ingrediente para quem quiser ousar e, ao mesmo tempo, acertar na propaganda

Me arrisco a dizer que há quatro anos, de fato, a área da publicidade começou a olhar mais assertivamente para a tecnologia e como essa ferramenta estava transformando toda e qualquer relação no mundo dos negócios, inclusive o da comunicação.

A discussão girava em torno do quanto Inteligência Artificial, Big Data, Learning Machine e IOT iriam substituir o trabalho humano. Talvez ainda com o mito recente da ‘Skynet’ controlando o mundo, ou a teoria do ‘Grande irmão’ de Wells, mas sempre com aquele olhar para a tecnologia, muito mais num tom de ameaça que de colaboração.

Passado esse tempo de divã, vemos o quanto o mercado precisa das máquinas e da tecnologia. A comunicação se tornou uma ciência exata. A criatividade hoje é muito mais alinhada com campanhas e ações customizadas. Existem muito mais números e informações dos consumidores em tempo real direcionando estratégias e investimentos do que se imagina. E o cliente aprendeu a buscar argumentos em uma sigla pouco conhecida: ROI.

Por isso, é preciso entender de vez que o profissional de comunicação não vai ser substituído por uma máquina, mas sim por outro profissional que saiba usá-la melhor que você. Então, vamos unir de vez a ciência de dados com a genialidade do estudo de comportamento e a precisão dos números com a ousadia da criatividade.

O fato é que, na próxima década, vamos ouvir falar muito em performance. Vamos pensar em estratégias mais voltadas a experiência do cliente. Veremos ações de marcas se unindo em torno de um ecossistema local, em que o foco é poder tornar melhor a vida das pessoas, e a venda, uma consequência dessa relação. Uma comunicação que apresenta mais soluções, com o uso da tecnologia, para dores cotidianas.

O próprio Facebook já entendeu que é preciso trabalhar as comunidades e essa será a máxima da rede para a próxima década. Uma comunicação muito mais assertiva e disposta a colocar seu produto, suas ferramentas, a serviço do próximo. Afinal, se a gente quer mudar o mundo, precisamos começar pelo nosso quintal. E aí sim poderemos dizer que “as definições de comunicação foram atualizadas com sucesso”.

 

Eduardo Soares
Professor e Especialista em Mídias Digitais e
Vice-presidente da APP Ribeirão
@edusoaresprof