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Branded Content, um caminho próprio de conexão da marca.

Por: Eduardo Soares
Branded Content, um caminho próprio de conexão da marca. Divulgação

Vemos há bastante tempo o universo mudando por conta da tecnologia. Já não fazemos mais do mesmo jeito coisas que fazíamos antes. Alugar um imóvel de temporada, pesquisar hotéis, pedir por transporte público, encontrar um melhor trajeto no trânsito, fazer compras e uma infinidade de outras atividades do nosso cotidiano estão de alguma forma conectadas na internet e no smartphone. Um amigo até brinca, ‘olha o mundo que engraçado, foi mudar logo na minha vez’!

E neste mundo hiperconectado, onde a informação e o entretenimento estão sempre juntos, e vemos uma infinidade de conteúdo sendo despejado em nossa ‘timeline’, a atenção e o propósito se tornam artigos de luxo para marcas que querem se conectar com essa audiência dispersa nas redes e páginas navegadas. Contar uma boa história sempre foi a máxima na comunicação, e hoje trazer uma narrativa onde a marca possa presentear essa audiência com conteúdo relevante, que seja engraçado, divertido, educativo, reflexivo, útil e informativo é um caminho que prende o espectador do início ao fim, gerando uma conversa com a marca. Um cenário que está transformando o dia-a-dia da publicidade, através de narrativas que humanizam as marcas.

Prazer! Este é o Branded Content, ou simplesmente chamado de conteúdo da marca, traduzindo para nosso idioma. Este território de narrativa própria, onde a missão, a visão e os valores são colocados a prova para o espectador. E correr riscos é o primeiro degrau para quem quer despontar e se conectar com esta audiência, que tem interesses dispersos e nem sempre está aberto a interromper seu entretenimento para receber um anúncio, mas busca se relacionar com o que a marca pode oferecer para ele, e no que ela acredita poder fazer para melhorar o mundo, ou a vida de quem está conectado a ela. A venda se torna uma consequência deste relacionamento e dessa importância que a marca tem para a vida deste espectador.

Por isso, é importante integrar o Branded Content nas estratégias de comunicação como um poderoso agente de conexão entre clientes e a marca. Isso porque a lógica da distribuição de conteúdo também mudou. O poder de escolher o que assistir, ler, e buscar foi transferido para o público, bem como quando, onde e do jeito que ele quiser.

Mas para entrar neste universo do BC temos que mudar o ‘mindset’, entender que as histórias deste território falam de pessoas e não de marcas. É preciso que a marca enxergue história humanas e se coloque no lugar da audiência, com suas inquietações e desejos. Porque o princípio do engajamento e do envolvimento que se busca para que o público se conecte nestas histórias e naturalmente recomende e compartilhe é a identificação, não dá para simplesmente ‘viralizar’ qualquer conteúdo como muitos pensam.

O Branded Content já está bem posicionado fora do país dentro das estratégias de comunicação da marca e de maneira equilibrada com a publicidade tradicional. Prova disso são as categorias de conteúdo crescendo em festivais, como Cannes, em número de histórias inscritas e diversidade de agências concorrendo. No Brasil já vemos, principalmente em grandes centros, o aumento significativo de produção de histórias pelas marcas normalmente em épocas sazonais. É um desafio que está aberto e indica ser um caminho de ressignificação da comunicação. Um processo cultural, que envolve público, empresas, veículos e principalmente as marcas.